quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Acertando os ponteiros

Amigos,

Ao escrever a primeira postagem, informei ao blog AUTOentusiastas sobre a citação em nosso blog. Em resposta, o Jornalista Bob Sharp gentilmente atualizou a história sobre o tal Fiat Uno Mille, que ilustrou a postagem nº 1, da qual transcrevo parte:

Atualizando a informação, o tal Uno Mille citado na coluna "Direto ao Ponto", que eu assinava, era do meu irmão, foi vendido com 246.000 km com embreagem, amortecedores, motor, câmbio, juntas homocinéticas, molas, caixa de direção, tudo rigorosamente original. As pastilhas de freio só foram trocadas aos 210.000 km. Só trocava óleo do motor a cada 10.000 km e nunca precisou adicionar óleo entre trocas. A correia dentada foi trocada seis vezes, a cada 40.000 km, como preconiza a fábrica.

O exemplo demonstra que o automóvel pode se tornar um companheiro fiel e confiável por centenas de milhares de quilômetros, bastando apenas a manutenção correta. Nem mais, nem menos.

A maioria dos meus atuais 17 leitores conhece meu Gurgel Tocantins 1991 e sabe que o utilizo com frequência em tarefas cotidianas. O jipe (não vou chamá-lo de jipinho, pois apesar de carinhoso poderia soar como falta de valentia) não conta com recursos atuais, como a injeção eletrônica a impedir a rotação numa faixa de giro danosa ao motor, por exemplo. Mas apesar de seus 22 anos (mais, se considerarmos a idade de projeto do motor VW refrigerado a ar) funciona perfeitamente, bastanto para isso sua correta manutenção.

Com o Gurgel em dia, foi possível percorrer os quase 900km até Cananéia-SP, onde foi relizado o 3º Encontro Nacional do Gurgel Guerreiro (conheça o site aqui), pioneiro clube de São Paulo, em novembro do ano passado. O único cuidado foi justamente a preocupação com a rotação do motor em velocidade de cruzeiro. Nesta viagem, descobri algo que já desconfiava: a escolha da Gurgel em usar o motor 1600 em conjunto com a relação de diferencial dos 1300 proporcionou força no uso fora de estrada, mas limitou a velocidade final. Depois de meia hora à 110km/h (velocidade permitida naquele trecho da Via Dutra) a luz espia da pressão do óleo começou a piscar.

Fui para o acostamento com aquele aperto no coração que só o entusiasta por automóveis sente, torcendo para não ter danificado nada. Após o motor esfriar, nível conferido, o barulho perfeito do velho motor boxer em marcha lenta me fez respirar aliviado, provavelmente fora apenas o superaquecimento do óleo que o deixou "fino" e causou a perda de pressão. Tomei um pito do amigo Sérgio "Abudinha", do Gurgel Clube Petrópolis, que me acompanhava na aventura e fiquei de castigo, pois ele dirigiu um bom pedaço dali para frente. Mais uma lição aprendida.

Ganhando uma nova câmara de ar - Foto: Autor 

No mais, o jipinho (jipe!) foi irrepreensível, comportou-se como um relógio Suíço. Para não dizer que não quebrou nada, furou um pneu em uma das trilhas. Assim, conheci o "Seo" Pedro, simpático borracheiro de Cananéia que ainda me levou para conhecer uma das peixarias da cidade.

Ah, sobre o título da postagem: gostaria de acertar os ponteiros e combinar com vocês sobre as próximas postagens. Serão sempre às quartas-feiras, sempre às 10 horas.

Um forte abraço e até a próxima!

Bruno Hoelz

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